Vereadores João Câncio Neto e Ronaldo Prado exigem restauração do dique de proteção da beira-rio |
O risco de alagamento do Bairro do Carmo em caso de cheia do Rio Igaraçu, foi debatido na Câmara Municipal pelos vereadores Ronaldo Prado e João Câncio Neto, na noite desta segunda-feira. “O Governo do Estado parece que anda perdido. Há dois anos o Piauí é administrado por esta gestão e a única obra que temos em Parnaíba, até hoje, é o dique que foi quebrado na Beira-Rio”, afirmouRonaldo.
Entre as deliberações dos vereadores presentes à sessão desta segunda-feira(5), foi aprovada uma solicitação ao Governo do Estado para que recupere a proteção. O trabalho feito no local pela empresa não inspira confiança, pois onde havia uma mureta de concreto, foi construída outra de tijolos de seis furos, insuficiente para suportar a força das águas do rio, em caso de enchente.
“A destruição do dique foi feita de forma irresponsável pela empresa Staff Engenharia. Estamos rogando para que o inverno não seja rigoroso pois a população está amedrontada com a possibilidade do nível do Rio Igaraçu subir”, disse o vereador João Câncio Neto. E completou: “Em dezembro do ano passado o vice-governador, Moraes Souza Filho, nos informou inclusive que o ex-vereador Candinho e sua empreiteira estariam a frente para reconstruir o dique já autorizado pelo Governador Wilson Martins, mas até agora nada foi feito”.
LEMBRE COMO FOI A DEMOLIÇÃO DO DIQUE DO RIO IGARAÇU POR EMPRESA CONTRATADA PELO GOVERNO DO ESTADO
A demolição de parte do dique que protegia a beira-rio de enchentes do Rio Igaraçu foi feita no dia 26 de abril do ano passado por uma empresa contratada pelo Governo do Estado. O Estrago não foi maior porque o prefeito José Hamilton foi ao local e impediu a demolição de toda a extensão da parede de concreto construída pelo ex-prefeito João Silva Filho. Para o administrador municipal a retirada do dique só poderia acontecer depois da construção de outro previsto no projeto, mais próximo da margem do rio.
O setor de engenharia da Prefeitura constatou que a obra estava irregular e a embargou, mediante solicitação dos documentação de praxe para liberação, o que não aconteceu.
Pressionado por um rupo de vereadores, o vice-governador do Estado, Moraes Souza Filho, chegou a admitir em dezembro do ano passado que nunca houve sequer recursos financeiros alocados para a construção e que a demolição foi um ato de irresponsabilidade do governo ao qual pertence. Antes, ele ja havia se apresentando como o responsável pela autorização das obras de urbanização da Beira-Rio, que inclui a substituição do dique atual por outro mais próximo do rio.
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